quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A Terracap, é claro, não gostou dos 70 reais por m2

Quem definiu o preço do metro quadrado para Vicente Pires foi a União. A Terracap não gostou e vai dar palpite. Veja na notícia do site Brasília em Tempo Real:

Terracap vai reavaliar lotes de Vicente Pires

O preço dos lotes em Vicente Pires, que se transformou em motivo de reclamação entre os moradores, deve ficar maior. Um levantamento feito há cerca de dois anos pela Gerência de Patrimônio da União (GRPU) estimou o preço médio do metro quadrado em R$ 70. Mas a Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) informou ontem que vai reavaliar terreno por terreno para definir os preços de mercado. Um imóvel às margens da Via Estrutural ou da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), por exemplo, custará mais do que lotes mal localizados, com topografia desfavorável ou de difícil acesso.

Vicente Pires tem mais de 12 mil imóveis, o que vai tornar difícil a missão do governo. Antes do início da venda, é preciso que a União registre as terras em cartório e entregue a documentação à Terracap. Depois disso, o GDF tem que aguardar a licença de instalação (1)e a aprovação do projeto urbanístico para conseguir o registro de cada lote. "O cartório não vai conseguir fazer tudo isso de uma vez, são muitos imóveis. Então, é possível que façamos a venda em partes", explica o diretor técnico da Terracap, Luís Antônio Reis.

O presidente da Terracap, Antônio Gomes, destaca que ainda é cedo para pensar nos novos preços. "Mas não há por que os moradores ficarem assustados, pois a Terracap vai levar em conta o caráter social da regularização", ameniza Gomes. Por lei, a empresa é obrigada a avaliar individualmente os imóveis vendidos pela companhia. Como o valor de R$ 70 por metro quadrado foi estimado há dois anos, é bem possível que ele esteja defasado.

O diretor comercial da empresa, Dalmo Alexandre Costa, disse que vai solicitar à GRPU explicações sobre como foi feita a avaliação. "Queremos saber como eles chegaram a esse valor", conta Dalmo. O Correio tentou contato com a gerente regional de Patrimônio da União, Lúcia Carvalho, para obter detalhes sobre a forma de avaliação. Mas, até o fechamento desta edição, ela não retornou as ligações.

A definição do preço e a forma de venda dos terrenos de Vicente Pires servirão de modelo para a regularização fundiária de outros condomínios construídos em terras da União. Como o Correio mostrou ontem, os lotes da antiga colônia agrícola serão vendidos diretamente aos moradores da região. No caso de imóveis comerciais, haverá licitação pública. A ideia da venda por gleba, reivindicação antiga da comunidade, foi abandonada diante das críticas e questionamentos do Ministério Público Federal.

2 comentários:

Clayton Ferreira disse...

Será q o valor do aluguel, no VP, sofrerá alteração drastica?

Bruno Cassemiro disse...

já não era tempo de solucionar o problema do esgoto. É muito triste ver ele ser jogado nas ruas e em fossas, contaminando o lençol freático...