quinta-feira, 22 de março de 2007

Rua 3 quase intransitável. Rua 4B em obras.

A Rua 3 (que liga em linha reta a EPTG à Estrutural) está terrível, quase intransitável, muitas crateras formadas pela água da chuva, tem até uma barricada anti-enxurradas no encontro da Rua 3 com a Rua 10. Em dia de chuva forte não recomendo passar por lá quem tem carros de baixa altura do solo (a maioria dos casos).

Já a Rua 4B (que liga a EPTG, entrando pela Casa Forte, à Feira do Produtor) está em obras. Estão colocando manilhas para escoar a água da chuva. Esperamos que asfaltem depois, pois é uma das mais importantes entradas do Vicente Pires.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Vicente Pires no Yahoo! Maps

Não tem mapa de ruas, apenas foto de satélite. http://maps.yahoo.com/#mvt=s&trf=0&lon=-48.02772&lat=-15.80778&mag=4
As fotos de satélite do Yahoo! Maps na região do Vicente Pires são bem mais recentes do que as do Google Maps. Nas do Yahoo, a via do jóquei já está duplicada, os acessos laterais da EPTG já existiam e o Big Box já estava instalado. Imagino que sejam fotos já de 2006.
Divirtam-se.

quarta-feira, 14 de março de 2007

500 casas para demolir

A verdade é que o poder público não tem condições de demolir essa quantidade de construções em um tempo razoável, além de não ter pessoal suficiente, liminares judiciais costumam impedir o trabalho de demolição pouco antes do início.

Mais de 500 casas serão demolidas em Vicente Pires
Helena Mader Do Correio Braziliense
14/03/2007 09h10 Seis meses depois do embargo da construção do sistema de abastecimento de água de Vicente Pires, as obras serão retomadas. Para conseguir autorização e concluir a rede, o Governo do Distrito Federal terá de apresentar em 30 dias um cronograma de derrubada de casas em Área de Preservação Permanente (APP). A decisão faz parte de um Termo de Ajustamento de Conduta, assinado na última segunda-feira pelo Ministério Público Federal, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e governo local. Se os fiscais começarem o trabalho de desocupação das áreas de proteção, a Companhia de Saneamento Ambiental de Brasília (Caesb) poderá terminar o sistema, que levará água encanada a 45 mil moradores do Setor Habitacional. Esse é o segundo termo de ajustamento assinado para resolver o problema de abastecimento em Vicente Pires. Em setembro de 2005, o GDF firmou acordo com o Ibama para a liberação da licença ambiental da obra (leia Memória). O órgão condicionou a emissão do licenciamento ao cumprimento de um cronograma de derrubadas. O governo local teria que demolir, em um ano, as 549 edificações em APP. Mas quando o prazo expirou, em setembro do ano passado, apenas 30 casas haviam sido retiradas. O Ibama considerou que o GDF havia descumprido o TAC e ameaçou paralisar as obras do sistema de água. O governo local ainda apresentou novos cronogramas de derrubadas para tentar negociar, mas não deu certo: a construção da rede foi suspensa em 26 de setembro de 2006. Desde então, o Buriti negocia saídas legais para o problema, que prejudica toda a população de Vicente Pires. Sem abastecimento, os moradores recorrem aos poços artesianos, que se multiplicaram na região. O excesso de perfurações esgotou e poluiu o lençol freático. Em vários condomínios, já não há mais água nos poços ou ela está contaminada. Por isso a urgência de construir o sistema de abastecimento e acabar de uma vez com a retirada de água do lençol freático. O superintendente regional do Ibama, Francisco Palhares, explica que o novo TAC mantém a exigência de desocupação de todas as casas em APP. “Demos um prazo de um ano para as derrubadas. Com o termo, o governo poderá concluir a construção da rede de abastecimento de água”, ressalta Palhares. Outra exigência do novo TAC é que o governo invista em cursos de educação ambiental para a população da área. Obra pela metade Mais da metade das obras estão prontas e as construções consumiram R$ 45 milhões. O sistema de adutoras, de 31km, foram concluídos. Também estão prontos 162km dos 370km que formarão a rede. Os dois reservatórios de água terão capacidade para armazenar 12 milhões de litros de água. “Aguardamos só a liberação do Ibama para concluirmos o sistema”, explica o secretário de Obras, Márcio Machado. O TAC determina ainda que nenhuma casa erguida em APP receba o sistema de água da Caesb. O presidente da Associação dos Moradores de Vicente Pires, Dirsomar Chaves, reclama que a população não foi ouvida na assinatura do novo TAC. Ele desconhece o conteúdo do acordo, mas teme que ele signifique a retomada de demolições. “Vamos continuar apelando para que seja levado em consideração o prazo de desocupação do Eia-Rima (Estudo e Relatório de Impacto Ambiental), que é de três anos”, comenta Dirsomar. A cada ameaça de derrubadas em APP, os moradores fazem barricadas para evitar a entrada de fiscais. Na área próxima ao Jóquei Clube, onde está grande parte das obras em área de preservação, a comunidade está permanentemente em alerta: a cada sinal de demolição, a população bloqueia a passagem das forças policiais. Em outubro de 2006, uma moradora ameaçou incendiar a casa e conseguiu parar as ações. No ano passado, o Sistema Integrado de Vigilância e Conservação de Mananciais (Siv-Água) organizou demolições, mas na maioria dos casos foram derrubados apenas muros, grades, galinheiros e cercas. O subsecretário de Vigilância do Uso do Solo, tenente-coronel Djalma Lins, garante que o cronograma de derrubadas já está quase pronto. “A retirada de casas em APP começa semana que vem. Há cerca de 570 edificações nessas condições e elas serão removidas no prazo devido”, garante. A legislação ambiental proíbe qualquer construção na faixa de 30m das margens de córregos. A lei também proíbe qualquer tipo de edificação sobre o solo de vereda, que é encharcado e se comunica diretamente com o lençol freático. A construção irregular nessas áreas é crime ambiental e os responsáveis podem ser condenados a até cinco anos de detenção.

OBRA NO LAGO INTERROMPIDA
O Siv-Solo derrubou ontem a obra de uma casa, com mais de 100 metros quadrados de área construída, três quartos e duas suítes. A operação contou com quase 50 pessoas. A casa ficava próxima ao Ribeirão do Torto, em uma área da Terracap, entre o Varjão e o Lago Norte. Ao final da operação, o dono da casa apresentou uma liminar judicial, alegando que o imóvel era regular. Mas a Procuradoria do GDF informou que a liminar estava cassada e a derrubada foi legal. Três barracos na região também acabaram demolidos. No fim da tarde, a Subsecretaria de Fiscalização do GDF (Sufis) derrubou a Igreja Batista Gera Vida, que foi erguida em área pública no Riacho Fundo I.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Vaga para auxiliar de monitora de brinquedoteca

Anúncio de emprego para quem é da região de Vicente Pires:

"Indico vaga para auxiliar de monitora de brinquedoteca, para moça ou senhora com boa disposição, alegre, que tenha experiência com crianças e seja comprometida com o trabalho. Há preferência por quem resida na Colônia Agrícola Vicente Pires ou nas proximidades. Salário compatível e demais obrigações trabalhistas.
Telma (3414-2517)."

quinta-feira, 8 de março de 2007

Tentam novamente reiniciar as derrubadas.

É, sem dúvida, uma situação complicada. O poder público não fiscalizou antes essas áreas e agora é obrigado a fazer ações desse tipo que ferem direitos de algumas pessoas.
Assim, a regularização, a água da Caesb e toda a infra-estrutura que precisamos não vai chegar nunca.

Decisão judicial impede derrubada em Vicente Pires
Grasielle Castro

Os moradores de Vicente Pires estão mais tranqüilos quanto ao risco de derrubadas. Apesar de a área ser irregular, o desembargador Vasquez Cruxên, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), emitiu uma liminar que determina à administração pública que não pratique qualquer ato de demolição ou invasão das residências. De acordo com o desembargador, a intenção é evitar tumulto social e atender aos princípios constitucionais que garantem direito à moradia e a inviolabilidade domiciliar, ou seja, o direito do cidadão de não ter sua casa invadida.Ontem seria mais um dia de derrubada na cidade. O Serviço Integrado de Vigilância do Solo (Siv-Solo) tinha um pedido judicial para demolir a casa 29 da Condomínio Veredas do Sol, na Rua 3. Porém, no início da operação, os advogados da moradora da residência, a servidora pública Edna Costa, 43 anos, conseguiram a liminar.A casa de Edna, que mora em Vicente Pires há sete anos, seria demolida por ocupar uma área de preservação ambiental. No entanto, segundo Dante Martins, um dos advogados que representam os moradores do Condomínio Veredas do Sol, não há como estabelecer qual casa está em área de risco porque a cidade não tem o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima).

Determinação
O capitão Gouveia, responsável pela operação do Siv-Solo, diz que a casa estava em local irregular e deveria ser derrubada. "Estamos cumprindo determinações, não tem como a casa permanecer em local de risco", informa.Para evitar a operação de derrubada, que começou às 12h30 e foi interrompida às 14h45, os moradores do condomínio fizeram barreiras com os carros e colocaram fogo em pneus. Mas não conseguiram impedir a entrada dos fiscais. Foi derrubado o portão do condomínio e dois moradores foram presos por resistência. Edna, que vive com o marido e dois filhos, se trancou no carro na frente da casa, também como forma de resistir.As derrubadas estão sendo realizadas para que seja cumprido o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para desocupar áreas de preservação ambiental, por exigência do Ministério Público Federal.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Vicente Pires em dia de chuva.

Vídeo no YouTube no dia 07/10/2006 e mostra o que a chuva faz nas ruas do Vicente Pires.
http://www.youtube.com/watch?v=BG9vnRVxvsY

A Rua 10 sumiu. E as outras estão no mesmo caminho.

Saiu no Jornal de Brasília de 05/02/2007
VICENTE PIRES
A Rua 10 sumiu
Moradores pagavam para recuperar o asfalto, mas desistiram porque era dinheiro jogado fora
Grasielle Castro

Desde que as aulas da rede pública começaram, há quase um mês, a comerciante Aline Maciel, 29 anos, enfrenta problemas para levar a filha para a escola. A quantidade de buracos que existe em Vicente Pires faz com que carros e ônibus evitem passar pelas ruas. A Rua 10, uma das principais, que liga a Rua 8 à 9, sumiu. O asfalto que havia no lugar foi tomado por enorme cratera. "Os buracos já são antigos. Desde o ano passado, toda vez que chove sofremos com eles. Já reclamei na empresa de transporte público, mas entendo que se não dá nem para atravessar a pista quando chove imagina passar um ônibus", lamenta.Essa situação também atinge quem trabalha no local. O motoboy Mácio Silva, 23 anos, mora e trabalha há seis anos em Vicente Pires. Para ele, que passa pela Rua 10 todos os dias, o problema não tem solução. "Passar por essa rua, mesmo de moto, é praticamente impossível. Há cerca de um ano, após toda a chuva, os moradores faziam o recapeamento. Pararam porque perceberam que o asfalto não durava nem um mês". Para ele, enquanto o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) não liberar a licença ambiental e o sistema de esgoto não for feito, os buracos vão continuar a existir.InterA doméstica Natália Araújo, 56 anos, moradora da Rua 90, precisa passar todos os dias pela Rua 10 para chegar na avenida principal da cidade. Ela conta que quando os moradores se reuniram pela primeira vez para asfaltar a rua, ninguém imaginava que teriam de fazer o recapeamento todos os meses. "Enquanto não tiver um sistema de escoamento de água não tem solução. O governo podia, pelo menos, trazer um trator para passar sempre após a chuva", sugere.O fazendeiro Manoel Monteiro, 53 anos, morador da Chácara 178, também concorda que só tapar os buracos não resolve. "Tem de tirar a água da Rua 8. Quando chove, desce tudo de lá. Daqui a pouco, na Rua 10 não vai dar para passar nem a pé", adverte.As associações locais dizem que estão fazendo o possível para promover a infra-estrutura do local. "Fazemos o que está ao nosso alcance, mas dependemos do governo. Fazemos pressão e pedimos ajuda", diz o presidente da Associação de Feirantes, Eduardo Vieira. Segundo ele, o comércio é o maior prejudicado. "A Feira do Produtor recebe, em média, 15 mil visitantes no fim de semana. Após as chuvas, esse número cai de 15% a 20%", lamenta. De acordo com o diretor financeiro da Associação de Feirantes, Pedro Prazeres, a quantidade de buracos inibe os visitantes e quem mora em Vicente Pires tem que fazer uma volta pela Estrutural ou pela Estrada Parque Taguatinga (EPTG) para chegar até a feira. O presidente da Associação Comunitária, Dirsomar Chaves, afirma não haver nenhuma programação a curto prazo. "É preciso esperar para ver se o governo consegue priorizar a operação no Ibama. A falta da licença ambiental inibe o Estado de fazer a pavimentação das vias", afirma.
Demora para normalizar
A falta de infra-estrutura está relacionado a outro problema, o da regularização de Vicente Pires. Segundo o presidente da Associação Comunitária, Dirsomar Chaves, só quando o projeto urbanístico estiver pronto a situação das ruas irá se normalizar. "Já iniciamos o processo. Pela primeira vez parece que todos os envolvidos – a comunidade, o Ibama e o GDF – estão dispostos a ajudar", diz.Para regularizar a cidade é necessário passar por três etapas. O Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima), o projeto urbanístico e a licitação fundiária. Segundo Dirsomar, as duas primeiras etapas só precisam ser atualizadas. "Em 2001, foi feito um projeto urbanístico, mas hoje cerca de 40% do projeto já mudou. Só precisamos adequá-lo", informa.Já a licitação fundiária é o que atrasa o processo. Não existe previsão para a venda da terra. "Como a maior parte da área é da União, ela ainda precisa pagar os precatórios aos antigos donos. Até 2009, ela quitará o débito", explica. Dirsomar ressalta que, mediante instrumentos jurídicos, a União pode comprovar que os pagamentos estão sendo efetuados e fazer a licitação. "Tenho esperança de que antes de 2009 a regularização aconteça e por meio de venda direta dos terrenos", diz.