segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Poços artesianos começam a ser lacrados

Notícia do CorreioWeb de 21/01/2008

Adasa começa a lacrar poços artesianos de Vicente Pires
Diego Abreu Do CorreioWeb
Os 3,5 mil poços artesianos do Setor Habitacional Vicente Pires serão lacrados pela Agência Reguladora de Águas e Saneamento do Distrito Federal (Adasa). Um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado em 2006 pelo Governo do Distrito Federal (GDF) e Ministério Público (MPDF), determina que os poços sejam fechados à medida em que a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) implantar rede de abastecimento de água na região. Desde o último dia 7, o trabalho de vedação é realizado em Vicente Pires. De acordo com o superintendente de Outorga da Adasa, Diógenes Mortari, 100 poços já foram lacrados desde então. A expectativa é de que, até o final do primeiro semestre de 2008, 80% deles já estejam fechados. Mortari destaca que os técnicos da agência não encontraram qualquer resistência dos moradores para executar a ação. “Receber água de boa qualidade era um anseio da comunidade que, em grande parte, já está recebendo água tratada da Caesb”, explica. O TAC prevê apenas duas exceções para a norma que determina a lacração dos poços. Será permitido o uso de água de cisternas e poços apenas nos casos de locais que possuem projetos de irrigação aprovados pela Secretaria de Agricultura e nos terrenos com área superior a 5 mil metros quadrados. Os donos de lotes que tiverem os poços lacrados pela Adasa estarão sujeitos a penalidades como multas, caso retirem o lacre e voltem a usar água de forma ilegal. Água contaminada A perfuração irregular de poços artesianos, cisternas e fossas favorece a contaminação do lençol freático. O GDF estima que 80% dos mais de 10 mil poços do DF são clandestinos. A irregularidade representa risco à população, pois em diversos casos a água é imprópria para o consumo humano. A contaminação por dejetos e substâncias tóxicas pode causar doenças nas pessoas que fazem o uso de água de cisternas. Em 2006, o Lago Oeste foi palco de grave problema causado pela contaminação da água retirada de poços. A presença de benzeno no líquido provocou doenças em dezenas de moradores da localidade. Escolas de diferentes cidades do DF já foram interditadas em virtude de a água estar contaminada. Os moradores de Vicente Pires também sofrem com o problema. Estudo realizado pelo GDF em 2006, confirmou que a água utilizada em diversos pontos do Setor Habitacional Vicente Pires estava imprópria para o consumo humano.

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