segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Taguapark - será que um dia sai do papel?

Notícia do Jornal de Brasília de 26/02/2007
Taguapark espera fim das chuvas

Quarenta e cinco dias após o governador José Roberto Arruda ter autorizado o início das obras no Taguapark, as máquinas ainda não começaram o serviço. A única mudança de lá para cá foi a instalação da cerca que demarca o espaço de 1,3 milhão de metros quadrados. O mato está alto e entulho e lixo tomam conta do local. Por enquanto, a única construção dentro do parque é um ginásio abandonado que, de acordo com os moradores da região, serve para desmanche de carros roubados. O vendedor Guedes Mendes Teixeira mora ao lado da área onde será construído o Taguapark e reclama do mau cheiro e abandono do local. "Aqui é muito perigoso", conta. "Minha casa foi arrombada durante o dia".O administrador de Taguatinga, Benedito Domingos, diz que a limpeza da área foi providenciada. De acordo com ele, a construção de uma pista de corrida em volta do parque chegou a ser iniciada, mas as obras foram suspensas por causa da chuva.A obra, orçada em R$ 300 milhões, será feita em etapas e não tem data de conclusão. "Vai depender do dinheiro. JK (o ex-presidente Juscelino Kubitschek) fez Brasília em mil dias, porque tinha muito dinheiro", brincou.Quando a limpeza da área for concluída, a Companhia Energética de Brasília (CEB) vai entrar em ação para fazer o adensamento da rede por causa dos fios de alta tensão que passam pelo local. A prioridade para as obras será dada à construção das redes de água e esgoto, além do asfaltamento da pista. Quem tem comércio próximo ao Taguapark continua sem saber para onde irá. José Modesto Neto vende frutas e água de coco desde 1998. Ele diz que gostaria de ser transferido para dentro do parque. "Seria muito bom", almeja. Benedito Domingos, porém, afirma que os comerciantes serão transferidos para outros pontos da cidade. O Taguapark será uma espaço de lazer, cultura e esporte entre o Pistão Norte de Taguatinga e a Colônia Agrícola da Samambaia. O governo ainda não decidiu como será a exploração dos espaços dentro do parque. Pela idéia inicial, a Novacap venderia espaços para construção de bares e restaurantes. Mas a Administração de Taguatinga é frontalmente contrária a essa idéia. "O governador Arruda não aceita, e nem eu", define Benedito Domingos. "Não queremos que o parque seja transformado em cidade, com venda de lotes". O projeto está sendo modificado, e os espaços, provavelmente, serão arrendados pelo governo aos comerciantes.

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